Desde a era primitiva, já era possível identificar a necessidade dos povos de organizar seus grupos, logo se tem a idéia de que os primeiros indícios da existência de numerar contar e registrar já existia.
Não se sabe ao certo, nem o inicio nem o fim da idade da pedra, sabe-se apenas que o povo dessa geração eram caçadores e não agricultores, o que os tornava nômades, não podiam deter muitos objetos em seu poder, alem dos que fossem de extrema necessidade, assim sendo não os possibilitava grandes avanços culturais e nem científico.
Mas registros em ossos com marcações em forma de bastões nos sugerem ser a primeira ideia de quantificar, por exemplo, quantas pessoas havia em cada grupo. Logo surge a pergunta que não quer calar; Quem inventou os números, a matemática? Ou será que sempre existiu? Só precisava ser descoberta.
Ao passar dos anos esta foi evoluindo e tem povos e pessoas específicas que contribuíram consideravelmente para essa evolução.
O povo egípcio foi um desses povos que por volta de 3000 a.C. tornou-se uma nação única, desenvolvendo a agricultura e assim a administração territorial, fez-se surgir a necessidade de calcular e registrar e surge assim o sistema de escrita egípcia, hieróglifos. Com as enchentes ocasionadas pelos rios Nilo e Eufrates houve a necessidade de demarcar o território destinado a cada indivíduo e assim surgem os números fracionários, nesta época as medições foram feitas através de nós em cordas. Os egípcios interpretavam a fração somente como uma parte da unidade. Por isso, utilizavam apenas as frações unitárias, isto é, com numerador igual a 1. Para escrever as frações unitárias, colocavam um sinal oval alongado sobre o denominador. As outras frações eram expressas através de uma soma de frações de numerador 1. Os egípcios não colocavam o sinal de adição (+) entre as fraçoes porque os símbolos das operações ainda não tinham sido inventados.
Os conhecimentos que temos da matemática egípcia provem essencialmente de dois textos escritos em papiros:
Papiro ahmes – Nome que teve origem de um súdito do faraó do Egito, chamado Aahmesu,cujo nome significa Filho da Lua. Que é um antigo manual de matemática, que contém oitenta problemas todos resolvidos, este foi escrito por volta de 1.650 a .C. É também conhecido como Papiro de Rhind pois foi adquirido por um antiquário escocês chamado Henry Rhind em 1.858.
Papiro de Moscou – Nada se sabe sobre o autor, contém 25 problemas, foi escrito por volta de 1.800 a.C. .
Após esses, mas ainda na mesma época foi localizado o papiro de Berlin, que contém dois problemas que envolvem equações de segundo grau e o papiro de Kahum que na verdade não é um papiro, e sim fragmento de vários papiros, encontrado em 1.889 por Flinders Petrie.
Outro povo foram os Hindus que tiveram a idéia de introduzir uma anotação para uma posição vazia (um ovo de ganso), ocorreu na Índia no fim do século 6. Esse sistema foi divulgado ao mundo séculos mais tarde, pelos árabes, surgindo o sistema numerário ao qual conhecemos hoje.
O principal responsável por essa divulgação foi o mais brilhante matemático Árabe de todos os tempos, al-Khowarizmi, que foi contratado pelo califa de Bagdá al-Mamum.
Como esses números foram criados pela necessidade prática de contar as coisas na natureza, são chamados de números naturais que simplificam o trabalho com os números fracionários.
Não havia mais a necessidade de escrever um número fracionário por meio de uma adição de dois fracionários como faziam os matemáticos egípcios.O número fracionário passou a ser escrito como uma razão de dois números naturais.
A palavra razão em matemática significa divisão. Portanto, os números inteiros e os números fracionários podem ser expressos como uma razão de dois números naturais. Por isso são chamados de números racionais.